top of page
download.jpg

HISTÓRIA

Em seu primeiro desfile, a escola sagrou-se campeã, no ano de 1948, ano em que ainda não havia a divisão do Carnaval entre grupo principal e divisões inferiores. Começava a surgir, no entanto, a disputa política entre as entidades representativas UGES e FBES, sendo o Império filiado a esta última. Apenas as escolas filiadas a FBES teriam recebido verbas públicas, uma retaliação do poder municipal a proximidade entre a UGES (depois UGESB) e o PCB.

A presença de Irênio Delgado, considerado pela Portela e Mangueira como simpatizante do Império Serrano, aprofundou a cisão, levando a organização de mais de um concurso nos três anos seguintes, um por cada entidade representativa (UGESB, FBES e a efêmera UCES, que só durou um ano). No concurso da FBES, o Império Serrano venceu nos três anos, obtendo o tetra-campeonato consecutivo.

Com a reunificação do carnaval em 1952 a partir da criação da AESCRJ, não houve julgamento dos desfiles do grupo principal daquele ano, o que fez com que apenas em seu sexto carnaval a escola da Serrinha não conquistasse o título, sendo vice-campeã em 1953 e 1954. Venceu novamente em 1955 e 1956, posicionando-se a partir de então como uma das forças mais tradicionais do Carnaval carioca de então, ao lado de Portela, Mangueira e Salgueiro.


Desfile da Império Serrano de 1955. Arquivo Nacional

Desfile da Império Serrano de 1955. Arquivo Nacional

Em 1975 a escola escolheu como enredo "Zaquia Jorge, Vedete do Subúrbio, Estrela de Madureira", sendo a disputa interna vencida pelo compositor Avarese. No entanto, o samba que ficou em segundo lugar, composto por Acyr Pimentel e Cardoso, acabou sendo gravado por Roberto Ribeiro sob o título "Estrela de Madureira", e se tornou um clássico do samba, e também uma espécie de hino da escola, tornando-se muito mais famoso que o samba vencedor daquele ano.

Em 1978 entre as 10 escolas de samba do Grupo Principal, a Império Serrano termina na sétima posição e com isso sofre o seu primeiro rebaixamento da história .
No ano de 1981, é lançado o livro "Serra, Serrinha, Serrano: o Império do Samba", de Raquel Valença e Suetônio Valença, até hoje considerado uma referência sobre a história da escola.Nesse mesmo ano a escola ficou em último lugar.

images.jpg

Em 1982, a cantora Clara Nunes gravou o Serrinha (samba em homenagem à escola), escrito por Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro.

Também na década de 1980, a escola teve grandes momentos com enredos criados por Fernando Pamplona, desenvolvidos por outros carnavalescos, como Bumbum Praticumbum Prugurundum, de 1982  quando as carnavalescas Rosa Magalhães e Lícia Lacerda deram ao Império Serrano seu último título da primeira divisão, após um jejum de dez anos, Mãe Baiana Mãe (1983), Eu Quero (1986), Com a boca no mundo, quem não se comunica se trumbica (1987) e Para com isso, dá cá o meu (1988).
Na década de 1990, a escola enfrentou sérios problemas de política interna que redundaram em três rebaixamentos (1991, 1997, 1999).
O Império voltou à elite do carnaval em 2001, mas ainda permaneceu lutando com dificuldade para permanecer no Grupo Especial. Nesse ano, trouxe um samba de Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena e Elmo Caetano, que foi considerado pela crítica como o mais bonito do ano, e que contava a história da Resistência, como era chamado o Sindicato dos Estivadores do Rio de Janeiro, ao qual vários dos primeiros integrantes da escola foram ligados. Porém um defeito no principal carro alegórico, formado por um contêiner que se abriria durante o desfile, inviabilizou a surpresa que a escola havia preparado, o que certamente deve ter lhe tirado pontos preciosos.
Em 2004, o Império reeditou "Aquarela Brasileira", considerado um dos sambas-enredo mais bonitos da história, e mesmo com problemas financeiros e disputas internas, levantou o público no Sambódromo, mas acabando longe do título na classificação final.

Império_Serrano_homenageia_Carmen_Miranda_(2008).jpg

Com uma homenagem à cantora Carmen Miranda, o Império Serrano se tornou campeão do Grupo de Acesso A e voltou em 2009 a desfilar no Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Em 2007, a escola caiu novamente para o grupo de acesso A, sagrando-se a campeã deste grupo em 2008 com o enredo Taí, eu fiz tudo para você gostar de mim. A escola regressará ao Grupo especial.
Para o carnaval de 2009, após o retorno ao Grupo especial e a reeleição de Humberto Soares Carneiro para a presidência da escola, Márcia Lage estreou carreira-solo como carnavalesca. Após anos trabalhando junto a seu esposo Renato Lage, ela reeditou o enredo de 1976, Lenda das sereias rainha do mar, com o título alterado para Lendas das sereias, mistérios do mar, samba este que também já fora reeditado pela Inocentes de Belford Roxo em 2006. A escola também trouxe de volta o intérprete Nêgo. Apesar do investimento, o Império terminou na 12ª colocação, voltando para o Grupo de Acesso.
Em 2010, trouxe a carnavalesca Rosa Magalhães e apresentou um enredo sobre o personagem João do Rio, onde obteve um 6º lugar. Após o carnaval, seu presidente Humberto Soares Carneiro renunciou, forçando uma nova eleição, para um mandato tampão, que ocorreu em julho de 2010, e terminou com um empate entre os candidatos Vera Lúcia Correa Souza e Helton Dias, ambos com 204 votos. A primeira, por ser integrante da agremiação a mais tempo, foi eleita a presidente. que no primeiro carnaval, trouxe como carnavalesco (Alexandre Colla), interpretes (Carlinhos da Paz e Vítor Ciunha). além de Vânia Love como rainha de bateria, apresentou um enredo sobre o poetinha Vinícius de Moraes. no entanto apresentou um desfile pífio das suas tradições, mas terminou na 7ª colocação.
Em maio de 2011 houve eleição novamente, na qual se sagrou-se presidente, o ex-diretor de bateria da escola (Átila Gomes) que venceu por dois votos a ex-presidente Vera Lúcia. Antes do pleito, ele já havia afirmado que contrataria Mauro Quintaes para ser o carnavalesco. O intérprete Rixxah chegou a ser contratado, mas foi dispensado antes do Carnaval. Com um desfile em homenagem à Dona Ivone Lara a escola foi apontada pela mídia carnavalesca, como a melhor escola do grupo de acesso A. No entanto, na classificação final, a agremiação obteve apenas a segunda colocação.
Para 2013, a escola optou por ter como enredo uma das principais cidades do Circuito das Águas de Minas Gerais: o município de Caxambu. O alto valor estipulado de investimento por parte da cidade no carnaval da agremiação gerou grandes expectativas para o desfile. O retorno de Nêgo já estava acertado, tendo ele, inclusive, gravado o samba-enredo no CD da Série A e até participado do ensaio técnico na Sapucaí. Mas como o regulamento dos desfiles proibia que a principal voz de uma escola assumisse o posto de intérprete oficial em outra (mesmo que em grupos diferentes), e Nêgo já tinha este compromisso com a Grande Rio, às vésperas do carnaval, Freddy Vianna foi convidado para assumir mais uma vez o microfone imperiano. Também às vésperas do carnaval, Carlinhos de Jesus deixou o posto de coreógrafo da comissão de frente, assumindo, em seu lugar, Caio Nunes. O patrocínio esperado não foi recebido, o que acabou comprometendo o carnaval da escola. No início do desfile, houve um problema com o tripé da comissão de frente e o mesmo teve que ser deixado ainda na concentração. 
Para 2014 o enredo foi sobre a cidade de Angra dos Reis onde o Império terminou em 6° lugar. Após esse carnaval, houve mais uma eleição, inicialmente prevista para 18 de maio, e por decisão judicial, remarcada para 15 de Junho, e onde, com chapa única, Vera Lúcia retornou à presidência. Em 2015, começava o que seria uma trilogia do carnavalesco Severo Luzardo, num enredo que abordava a Fé do imperiano. Com um desfile surpreendente, que superou as expectativas, a escola obteve o 3° lugar. Em 2016, a escola homenageou um de seus ícones, Silas de Oliveira, com o desfile sendo aclamado como um dos melhores, a Serrinha acabou obtendo o 4º lugar.
Para 2017 se especulava um enredo sobre os 70 anos da escola, porém, com a saída de Severo Luzardo da escola rumo a União da Ilha o tema foi descartado. A escola contratou o intérprete Marquinho Art'Samba - vindo da Imperatriz para ocupar a vaga de Pixulé - e o carnavalesco Marcus Ferreira, que desenvolveu o enredo "Meu quintal é maior que o mundo" em homenagem ao centenário do poeta Manoel de Barros. Com um desfile elogiado pela crítica especializada, a escola sagrou-se campeã da Série A, garantindo seu retorno a elite do carnaval carioca após oito anos.

Address

Av. Min. Edgard Romero, 114 - Madureira, Rio de Janeiro - RJ, 21350-302, Brasil

Contact

(21) 3256-9411

©2018 by G.R.E.S Império Serrano Departamento Cultural Proudly created with Wix.com

bottom of page